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quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Autoajuda


Parafraseando Nietzsche: “odeio quem me rouba a solidão sem em troca me oferecer verdadeira companhia”.

Hoje fui ao shopping comprar o presente para uma amiga. E, claro, bati o ponto na Saraiva. Resisti à velha compulsão de sair de lá com duas sacolas de livros e acabei não comprando nada pra mim (snif, snif).

Como eu estava acompanhada (de outra amiga que também estava atrás de um presente) acabei numa estante de livros autoajuda. Bom, nada contra, mas não tenho o costume de ler livros do gênero (tá, eu li “O Segredo”. E a “Lei da Atração”, que ensinava como botar o tal segredo em prática. Bom, nem preciso dizer que não deu certo, “neam”?).

Só que a curiosidade matou o gato, lá fui eu dar uma fuçada nos tais livros. Como boa “mulherzinha”, bem “Amélia” que eu sou (só finjo que não) não demorou e lá estava eu naquela seção dos livros sobre como conquistar, enlouquecer, casar, segurar (entre outras dúzias de verbos afins) um homem.

Peguei um, peguei outro. Li aqui, li ali e cheguei a uma rápida e brilhante conclusão: eu não sei como tem tanta mulher sozinha no mundo. Sim, porque os segredos estão todos lá, revelados. Basta comprar UM daqueles livros e pronto.

Você que sabe cozinhar, bordar, lavar e passar e ainda toca piano, é financeiramente independente, bonita, inteligente, mas não se sabe lá porque está solteirinha da silva, como assim que você ainda não comprou o seu livro de auto ajuda que ensina a ter um homem pra chamar de seu?

Parece fácil, mas cuidado!

Não compre mais de um livro.

Sim, porque se você se arriscar a comprar mais de um, você pode ficar (como eu) mais perdida que agulha num palheiro. E se comprar vários, minha querida, você vai sentar e chorar. Sério, a missão vai ser impossível.

Para vocês terem uma idéia - sobre o assunto “sexo” -, um deles (esse ensina a pensar como os homens) diz que nas primeiras vezes a mulher tem que fingir ter pouca experiência e fazer aos poucos o homem acreditar que “ele” despertou a deusa do sexo que existe (?) dentro dela. E mais, se a tal mulher tiver tido mais que 5 amantes na vida (não importa se ela tem 20 ou 60 anos) tem que negar até a morte. Segundo o autor, 5 é o número máximo de amantes que um homem pode suportar em uma mulher. Não, ele não explica o porquê. É 5 e pronto. Não, eu não me lembro se o autor era homem ou mulher.

Já em outro livro (que diz que os homens gostam de mulheres poderosas) o autor garante que a mulher tem que ser segura de sua sexualidade e sincera quanto aos seus desejos. Não deve fingir, nem abrir mão de quem é, nem do que quer, por nada, nem ninguém. Esse não fala nada sobre o número de amantes que uma mulher pode ter tido sem ser considerada rodada demais para qualquer relação além cama (mas a gente já nasceu sabendo que depois do primeiro TODOS os demais são o segundo. Óbvio! Kkkkkkkkkkkkkk!). Não, eu não vi se o autor era homem ou mulher.

Se você acha pouco, e a sua cabeça ainda não deu um nó, tem um terceiro que jura que o segredo é simples: os homens gostam de mulheres que gostam de si mesmas. Ou seja, vocês mulheres lindas, ricas, poderosas, prendadas e solteiras vão todas imediatamente para a terapia porque VOCÊS SE ODEIAM! Putz. Ah, e só pra constar: de novo, não faço idéia se o autor era um homem ou uma mulher, embora escrevendo aqui, agora, eu esteja com a leve impressão de que essa informação era importante.

Sério, gente, eu não dou conta. Vou continuar passando longe dessas prateleiras de autoajuda e vou continuar com meus amados romances.

E se você, como eu, nesse exato momento, está desejando com todo o fervor de sua alma que a mentecapta que resolveu promover a revolução feminina esteja ardendo no mármore do inferno.

E se, como eu, vai dormir sozinha nesse friozinho chato que está fazendo em Vitória em plena segunda quinzena de novembro (Hello!!! São Predo. Meu cabelo não tá dando conta de tanta umidade, meu filho!), um brinde a Erasmo Carlos e a sua imensa sabedoria: “filosofia, poesia é o que dizia a minha avó, mal acompanha do que só”.

E Nietzsche? Bom, ele que me desculpe, mas nesse assunto eu fico mesmo com o Erasmo.

P.S.: Eu também li “A Cabana”. Ele é de autoajuda? Vixi, acabei de me lembrar de outros dois que são com certeza “Quem mexeu no meu queijo” e “O monge e o Executivo”. Sabem que eu até gostei deles. Affffffffffffffff. Preciso ler um bom romance, tipo assim, NOW! ;)

terça-feira, 28 de setembro de 2010

I Can’t See You, But I Know You’re There


É assim pra mim.
Algumas pessoas eu já conheço.
Fazem parte da minha vida.
Como meus pais, meus irmãos, meus amigos.
Mesmo que eu não os esteja vendo eu sei que eles estão por aí.
Outras eu jamais vi na vida.
Mas de alguma forma eu sei que vou encontar um dia.
Numa esquina, no banco de uma praça, numa sorveteria.
Cedo ou tarde.
Cedo se eu tiver sorte.
Mas que eu vou encontrar eu vou.
Porque a vida é assim.
Feita de encontros.
Alguns são pra toda vida, já vem no DNA da gente.
Outros são breves como a brisa da Primavera.
E um desses encontros, de repente, quem sabe, muda a nossa vida?
"O amor não se procura.
É destino.
Se encontra."
I can’t see you, but I know you’re there.
I can wait.
Until the next Spring, at least.

E já que eu falei em Primavera...

"Há uma primavera em cada vida: é preciso cantá-la assim florida, pois se Deus nos deu voz, foi para cantar! E se um dia hei-de ser pó, cinza e nada, que seja a minha noite uma alvorada, que me saiba perder... para me encontrar...." (FLORBELA ESPANCA)

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Eu passarinho!!!


Momentos difíceis.
Repeti hoje para um amigo a famosa frase de Mario Quintana: "Todos estes que aí estão
atravancando o meu caminho, eles passarão. Eu passarinho!"
Algumas vezes o momento não é bom.
Ou não é tão bom quanto gostaríamos que fosse.
Ou quanto poderia ser.
As pedras estão aí, por todo o caminho.
Não dá pra não topar com uma de vez em quando.
E os buracos... quem já não caiu em um?
Vocês sabiam que o homem é o único animal que cai duas vezes no mesmo buraco?
É pra se pensar.
O importante é não se deixar abater.
Não perder a felicidade nem o prazer.
Mas se isso acontecer, aconselho alguns bons amigos.
Ou uma caminha quente pra chorar (chorar pode, desde que não seja num sábado à noite).
E depois é esperar o momento seguinte.
Quem sabe não é aquele por que tanto esperamos?

domingo, 25 de julho de 2010

Feliz Dia do Amigo


Ter amigos é fundamental. Eu tenho alguns. E bons.

Também é fundamental deixá-los ir se chegar a hora. Por que amigos verdadeiros nunca se vão de verdade. No coração estarão sempre perto.

Então pra todos os meus amigos, os que estão longe e os que estão perto, eu dedico esse poema do grande Fernando Pessoa, desejando o melhor da vida. Vocês estão no meu coração.

"Meus amigos são todos assim: metade loucura, outra metade santidade.

Escolho-os não pela pele, mas pela pupila, que tem que ter brilho questionador e tonalidade inquietante.

Escolho meus amigos pela cara lavada e pela alma exposta.

Não quero só o ombro ou o colo, quero também sua maior alegria.

Amigo que não ri junto, não sabe sofrer junto.

Meus amigos são todos assim: metade bobeira, metade seriedade.

Não quero risos previsíveis, nem choros piedosos.

Quero amigos sérios, daqueles que fazem da realidade sua fonte de aprendizagem, mas lutam para que a fantasia não desapareça.

Não quero amigos adultos, nem chatos.

Quero-os metade infância e outra metade velhice.

Crianças, para que não esqueçam o valor do vento no rosto, e velhos, para que nunca tenham pressa.

Tenho amigos para saber quem eu sou, pois vendo-os loucos e santos, bobos e sérios, crianças e velhos, nunca me esquecerei de que a normalidade é uma ilusão imbecil e estéril
"

domingo, 20 de junho de 2010

Injustiça


Vocês não acham uma grande injustiça algumas mulheres estarem com um desses homens que quem fez esculpiu e “photoshopou” antes de mandar par cá e nós não.
Eu acho.
Gente, a distribuição desses homens tá desigual!
Por que que nós também não estamos com um desses bofes lindos de morrer, gostosos, sarados, sexys... sonho de consumo?
Será que o Tim Maia tava certo e a gente tem que se conformar?
“É, na vida a gente tem que entender que um nasce pra sofrer, enquanto o outro ri.”
Não posso crer.
E mais, não aceito. Me recuso. Bato o pé. Faço bico. Fico de mal.
Já perdi as contas das conversas que tive com O Cara lá de cima a respeito disso.
Afinal, não somos todos filhas Dele?
Então porque a Angelina Jolie tá dormindo com o Brad Pitt e eu não?
Como me conformar quando eu sei que a Demi Moore dorme com o Ashton Kushner?
Gente, e o Gerard Butler que tá solteiro?
Olha a carinha do Jhonny Depp de rosa na mão!
E o que é o Alexander Skalsgard? OMG! A Kate ta pegando.
Tá. Muita futilidade?
Pode ser!
Mas que é injusto é injusto.
Pelo menos uma vez na vida, umazinha só, cada uma de nós, pobres mortais, deveriam ter o direito de usufruir do homem dos seus sonhos.
Seja ele quem for.
Não to falando do amor das nossas vidas, do pai dos nossos filhos, de homem pra casar ou viver junto. Esse a gente não escolhe pela aparência que a gente não é boba.
Tô falando de fantasia.
Mas de fantasia com luz acesa. Que pra gente não perder nada.
Eu tô falando de beleza e gostosura mesmo.
Daquelas de tirar o fôlego. De acelerar o coração. De dar nó no estômago.
De fazer a gente pensar que nunca mais vai ver uma coisa tão linda na vida.
E de poder pegar tudo pra gente. Nem que fosse só uma vez.
E se lambuzar igual criança.
Eu sei quem eu queria.
Mas não digo nem sob tortura.
Só pra Ele.
Mas é difícil.
Ah, se é!
Se pelo menos eu sonhasse...

segunda-feira, 14 de junho de 2010

A tal da idade.


“Todo mundo quer ir para o céu, mais ninguém quer morrer.”
É o trecho de uma música. O romance da universitária otária, da Blitz.
E que não deixa de ser verdade.
Mas o que eu acho que é mais verdade é que ninguém quer morrer. Ponto.
Mas aí alguém pode perguntar. E os suicidas?
Eu acho que eles também não querem morrer.
Só que também não querem viver e esse querer fica maior por um instante.
E esse instante, às vezes, basta.
Bom, eu sei que eu não quero morrer.
Pode colocar lá no meu epitáfio: Absolutamente contra a minha vontade!
Só vou porque não tem mesmo jeito.
Mas vou logo esclarecendo que se fosse pra viver para sempre, teria que ser congelada no tempo no máximo aos 40 anos.
Hummm! Melhor 39 que esse negócio de “enta” é meio chato.
Ah, gente! Vamos combinar que a velhice é uma merda.
Vejam só: Copa de 2010!
O Brasil pode ser hexa. E eu me lembro do tetra como se fosse ontem. A era Dunga. Disputa de pênaltis contra a Itália. Baggio mandando a bola pra arquibancada. “É tetra! É tetra!”, gritava Galvão Bueno (bom, o locutor continua o mesmo, o que poderia servir de consolo se ele não fosse tão chato).
E lá se vão 16 anos.
E muito da minha juventude.
Hoje, fui ao Shopping com uma amiga que está precisando marcar uma visita a uma clínica estética. Ela disse que ia deixar para depois porque tinha outras prioridades no momento.
Trocar o carro, pintar o apartamento, reformar a cozinha.
Eu mandei na lata:
- HELLO! Acorda Bela Adormecida, só nos restam 16 anos de juventude, sendo muito otimista e apelando pra São Botox e São Ácido Hialurônico. E muita academia.
Depois é a velhice.
Claro que vai ser uma velhice feliz, produtiva, com saúde, família, amigos e se Deus quiser com todos os dentes, mas a velhice.
Alguém vai me dizer que isso é uma coisa boa?
Até que considerando a alternativa é uma ótima.
Mas o fato é que daqui a 16 anos, na copa de 2026, provavelmente eu não vou me lembrar tão bem da de 2010 quanto eu me lembro da de 1994 (vocês têm certeza que não foi ontem?).
Se o Brasil não ganhar, então, vocês podem contar que eu não vou me lembrar mesmo.
Ah, a idade!
A idade é como um ladrão.
Ele vai te roubando aos poucos e você nem se dá conta.
Quando a gente começa a entender melhor a vida o ladrão te nocauteia, te traz dores, te confunde a mente, te bambeia as pernas e te arqueia as costas.
E o pior, silenciosamente, rouba a sua identidade.
Você vai se pegar olhando pros dedos tortos de suas mãos pensando: “estranhos, claro que não podem ser meus.”
E vai ser assim com cada parte de você.
De vez em quando, no seu sorriso, no brilho do seu olhar, você pode ter um vislumbre de você mesmo, mas logo o estranho que tomou o seu lugar vai estar te encarando no espelho.
E piora.
E então é bye, bye.
Bom, esse não é um texto pra deprimir ninguém. Principalmente eu mesma.
Estou resignada ao plano de Deus. Mesmo que eu não o entenda.
Acredito de verdade que certas coisas devem permanecer mistério.
Mas nem por um segundo eu vou duvidar de que a vida não é só isso.
Ah, mas não é mesmo.
A minha alma é imortal. Eu sei disso. Ela sabe.
Então já que, como cantou Cazuza – que já deve estar por dentro de tudo –, o tempo não pára, eu é que não vou ficar vendo o tempo passar.
Vou é aproveitar cada minuto. Cada segundo.
Da vida, da minha família, dos meus amigos, do meu reflexo no espelho.
E vou aproveitar que aquela amiga que eu falei vai, afinal, fazer a visita à tal clínica de estética que eu recomendei e vou com ela. Vou cuidar de mim.
Olhando o lado bom da coisa, talvez a velhice me traga bom senso.
E tranqüilidade.
O que vai ser uma coisa boa.
Mas enquanto ela não chega, vou me jogar na vida.
Quem vem comigo?

quinta-feira, 27 de maio de 2010

Raízes e Asas


Uma pergunta atormenta minha mente.
É possível ter raízes e asas ao mesmo tempo?
Ouvi essa frase em um filme. Daqueles com o final super previsível. Feliz, claro, que é como eu gosto.
No filme o mocinho diz pra mocinha - num inglês carregado de sotaque, daqueles que só de ouvir, faz a gente ficar com vontade de colocar botas e chapéu de cowboy e ir dançar ao som de Alan Jackson, Garth Brooks e Shania Twain -, que, sim, é possível.
E agora eu não paro de me perguntar se é.
Eu, é fato, carrego o desassossego dentro da bolsa. E levo comigo pra onde eu vou.
E como boa sagitariana, preciso de liberdade como de ar pra respirar.
E sempre pensei que se eu tivesse um par de asas, eu simplesmente voaria pra longe.
“I'm like a bird, I'll only fly away. I don't know where my soul is, I don't know where my home is."
Adoro essa música.
E a verdade é que eu não sei.
Mesmo.
Acho que taí a razão do meu desassossego.
Sou um ser livre. Nasci assim. Pra ser assim.
Meu espírito está atrás dos meus sonhos. E os meus sonhos nada têm a ver com o que eu vivo agora.
Têm planos maiores.
Talvez por isso não consigo me prender a nada, nem a ninguém.
Não que eu não queira.
Só não consigo.
Pelo menos não por muito tempo.
Eu desisto fácil.
Me canso a toa.
De quase tudo.
É que quando eu gosto de alguma coisa eu vivo essa coisa tão voraz e intensamente que inevitavelmente ela se esgota.
Não é sensato viver assim, eu sei.
Mas eu desisti de ser sensata há muito tempo.
Na verdade eu nem sei se alguma vez eu tentei ser.
Tem só uma coisa que eu quero da vida.
Viver tudo que há pra viver.
Pra quando olhar pra trás poder dizer que valeu a pena.
Mas pra isso, eu acho que preciso de asas. E raízes.
Eu quero voar e eu quero manter os meus pés no chão.
Sem me preocupar em me perder. De ninguém, nem de mim mesma.
Então fica a pergunta.
É possível?

sexta-feira, 7 de maio de 2010


RESOLUÇÕES DE ANO NOVO

Essas foram as minhas resoluções para este ano. Demorei pra postar, mas tá aí.

Resolvi fazer algumas resoluções para 2010. E divulgar, que é pro negócio ficar mais sério. Pensei, pensei e de tanto pensar a lista ficou imensa. Aí resolvi reduzir para 10 pra combinar com o novo ano.

1 - POUPAR - Essa é muito importante, porque eu sou uma gastadeira compulsiva e esse ano eu preciso me controlar, afinal quero ter a minha casinha. E a minha casinha vai ser na Praia do Canto, vai ter ar condicionado (split, porque eu sou phyna) inclusive na sala, eletrodomésticos de aço inox, TV de LCD, Home da Intercine, e por aí vai. Kkkkkkkkkkkkk!!!! Acho que vou ter que poupar uns 20 anos.

2 - FAZER GINÁSTICA - É fato sabido que mulher gostosa não precisa gastar com roupa. Afinal, quem vai ligar se o meu sapato é um Louboutin se estiver olhando para as minhas pernas, certo? Tudo bem, exagerei, eu uso Schultz mesmo. Hahaha!
Vamos combinar que a Glória com seus vestidinhos de malha de 39,90 é um paraíso pra quem tá com tudo em cima. Pra que forro, tecidos de primeira, cortes e acabamentos perfeitos? Além do mais estamos no Brasil. Hello, Praia! Um biquininho, uma saída, um chapelão e um par de havaianas já é roupa pra metade do ano.

3 - ESTUDAR - Bom, considerando a minha disposição para malhar (e a minha idade), pode ser que eu precise ganhar mais pra conseguir ficar gostosa. Tem nada não, visitinhas à Climest já estão agendadas pra depois do Carnaval. Calma pessoal, ainda não vai ser dessa vez que eu vou fazer plástica. Tá, tô pensando em silicone...mas confesso que estou com medo. Será?
Agora, pra tudo isso é preciso de dindim. Bora colocar o nariz no livro de novo. Affffffffffffff!

4 - CULTIVAR AS AMIZADES FEITAS EM 2009 E MANTER AS ANTIGAS - Sério! Fiz amizade com tantas pessoas queridas esse ano. Pessoas que quero levar pra vida inteira. E posso dizer com orgulho que consegui manter as antigas. Ebaaaaaaaaaaaaa!
Não tem dor maior do que a saudade de um amigo perdido. E eu tenho alguns que me fazem falta e que vão fazer falta sempre. Ah, as curvas da estrada da vida. Como me ensinou uma amiga querida e hoje distante, perdida numa dessas curvas, amizade a gente tem que cultivar.
Então amigos preparem-se para serem pentelhados por mim o ano inteiro, para receberem visitas minhas, telefonemas, e nem adianta reclamarem, uma vez por mês, NO MÍNIMO, a gente vai ter que se encontrar.

4 - BEIJAR NA BOCA - Ah, tá. Sei que já tem gente pensando. What's new? Tem que é importante reforçar o que a gente quer, oras! Vão cuidar das
suas vidas. Me deixem viver. Kkkkkkkkkkkkkkkk!!!
Brincadeirinha, todo mundo sabe que eu sou quietinha. Então vou ficar um pouco menos quietinha esse ano. Afinal, vou estar gostosa, inteligente e endinheirada. Rsrs.

5 - COMER BEM - E já aviso que não estou querendo dizer que vou passar o ano comendo no El Bulli (Espanha), no Fat Duck (Inglaterra), no Per Se (Estados Unidos), ou no D.O.M. (aqui no Brasil mesmo). I wish!
Eu quero dizer comer comida saudável. Menos sal, zero de açúcar, nada de fritura, gordura (ai, o meu amado bacon), manteiga... Melhor parar que tá me dando fome. Bom, entenderam? É isso! Não quer dizer que eu não possa enfiar o "pé na jaca" numa festinha de aniversário, num casamento, etc. Mas o dia a dia terá regras.

6 - BEBER - Eu sei, eu sei. Eu não bebo, não sei beber e a bebida não me cai bem. Não quero nem saber! De vez em quando (MUITO de vez em quando), em ocasiões especiais eu vou beber um bom vinho, um champagne e até mesmo uma caipi kiwi. Das duas uma, ou eu acostumo com a bebida ou com a ressaca.

7 - VIAJAR - Eu simplesmente AMO viajar. Então, quero fazer uma viagem em 2010.
Eu sei, essa não era pra valer, né? A viagem já tá marcada. Dia 28 de janeiro, lá vamos nós. Não tem muito glamour, mas meus pais vão, meu irmão e minha cunhada, um monte de gente conhecida..., enfim, vai ser tudo de bom.

8 - LER - Como? Ler, pessoal. Ler livros. Tá, também não tem nada de novo aqui, mas eu já vou fazer mesmo, então eu vou deixar essa pra facilitar a minha vida. Tem muita coisa difícil na lista, pôxa. (Prometo que não vou fazer só isso. Eu sei que eu estou lendo 5 livros atualmente, mas o que eu posso fazer? 2 eu ganhei de presente!). Além do mais, aqui também entram livros de direito, o que ajuda no item 3, tá?

9 - CUIDAR DA MINHA PELE - Eu ODEIO hidratante, tenho PAVOR de filtro solar e NUNCA fiz uma limpeza de pele na vida (banho não conta, né?). Então, chegou a hora. Vou me lambuzar de cremes, seguir a risca as prescrições da dermatologista e usar produtos fedidos e caríssimos em todos os lugares que me mandarem. Sem falar nos tratamentos. É tanta coisa que eu sequer ouvi falar... vou me jogar.

10 - RIR MAIS E ME ESTRESSAR MENOS - Vou ser uma pessoa cool. Essa eu quero ver. Ah, se quero!!!

Bem, essas são as minhas resoluções para o novo ano.
Todas dependem só de mim e todas dizem respeito só a mim. E isso tem um motivo. E não é egocentrismo.
É que resolver a vida do outro é fácil.
Difícil é resolver a nossa.
Alguém discorda?

O resto, o que EU QUERO DE VERDADE, pra mim e pra todos vocês (saúde, amor, paz, prosperidade,...) eu deixo nas sábias e eficientes mãos do Senhor Deus. Ele fará o melhor, eu tenho certeza.
FELIZ 2010!

E pra encerrar o ano, uma frase que eu adoro, de um "poetinha" de quem eu sou fã: o inesquecível Vinícius de Moraes.

"É MELHOR SER ALEGRE QUE SER TRISTE."

P.S.: E a escolha é nossa.

sexta-feira, 26 de março de 2010

Ares de Outono


Dia 20 de março foi o primeiro dia de outono.
Lembrei dessas duas poesias que eu AMO sobre essa estação que eu ADORO!!!

"Quero apenas cinco coisas..
Primeiro é o amor sem fim
A segunda é ver o outono
A terceira é o grave inverno
Em quarto lugar o verão
A quinta coisa são teus olhos
Não quero dormir sem teus olhos.
Não quero ser... sem que me olhes.
Abro mão da primavera para que continues me olhando.
"

Pablo Neruda

"Perdoa-me, folha seca,
não posso cuidar de ti.
Vim para amar neste mundo,
e até do amor me perdi.

De que serviu tecer flores
pelas areias do chão,
se havia gente dormindo
sobre o própro coração?

E não pude levantá-la!
Choro pelo que não fiz.
E pela minha fraqueza
é que sou triste e infeliz.
Perdoa-me, folha seca!
Meus olhos sem força estão
velando e rogando àqueles
que não se levantarão...

Tu és a folha de outono
voante pelo jardim.
Deixo-te a minha saudade
- a melhor parte de mim.
Certa de que tudo é vão.
Que tudo é menos que o vento,
menos que as folhas do chão.
"

(CANÇÃO DE OUTONO)
Cecília Meireles

Essa do Neruda não é fofa???
Tá a da Cecilia é um pouco tristinha, mas não é lindo ser "folha de outono voante pelo jardim" e receber de alguém a saudade?
Todos somos, já fomos ou seremos.
E negue quem não tem ou já teve uma folha de outono voando por algum outro jardim.
Eu sei que tive...
Algumas pessoas acham o Outono triste.
Eu não acho.
Prestem atenção ao Outono.
Existe coisa mais linda que o pôr-do-sol de Outono?
E as cores? Como a luz de Outono é suave, as cores desabrocham, ganham mais vida.
Pra mim Outono é sinônimo de tranquilidade.
Um convite ao recolhimento, à meditação, ao reencontro, à amizade, ao amor...
Eu gosto especialmente das tardes de Outono.
Verdade que o Outono lembra que somos seres crepusculares, outonais.
Mas porque isso tem de ser ruim?
Que cada sopro da brisa mansa da estação de Outono seja para todos uma celebração ao que somos hoje: VIVOS!!!

sábado, 13 de março de 2010

Eu devia estar estudando.


Eu devia MESMO estar estudando.
Mas são tantas as coisas que me distraem, que me furtam dos estudos, dos meus livros de direito, dos códigos, da jurisprudência dos tribunais, das notícias e informativos do STJ, do STF, das provas dos concursos anteriores, de um novo cargo público, de um salário melhor... Arghhhhhhhhhhhh!
Tô estudando pra que mesmo?
Eu nem sei o que eu quero ser!!!
Além de viva.
E feliz.
E boa.
E eu gosto do que eu sou. E de onde estou.
Agora mesmo, por exemplo. Exatamente quando eu deveria estar estudando Direito Civil (eu simplesmente amo Direito Civil) alguma coisa me perturba.
Não consigo não pensar, não consigo parar de pensar, não consigo me concentrar.
Do nada me veio a idéia de fazer uma tatuagem.
Eu, de vez em quando, penso nisso. Um daqueles pensamentos que vão mas só pra voltar.
Daí eu lembro que uma tatto polui o visual, não combina com vestidos os românticos que eu adoro, arrasam um look de trabalho poderoso e algumas vezes me parecem meio trash.
Simplesmente não combinam comigo, eu sei.
Mas eu não consigo parar de pensar em fazer.
Em o que fazer?
Qual desenho?
Uma tribal?
Uma pena indígena (uma amiga minha tem uma e eu acho linda)?
Uma mandala?
Estrelinhas?
Uma frase? Uma palavra? Uma letra?
E o pior, o mais importante, onde fazer? (OK, muita calma nessa hora, sem piadinhas infames).
Sim, porque se eu fizer vai ter que ser num lugar escondido, mas que eu possa mostrar.
Deu pra entender?
Tá, vamos supor que eu faça.
E se eu não gostar?
E se eu me arrepender?
Vai doer pra fazer, vai doer pra tirar e pode ser que não saia (é, algumas não saem de jeito nenhum).
ME-DO!
Mas sabem o que eu lembrei agora?
Tem aquela música do Chico Buarque que eu A-DO-RO e que chama... Tatuagem (tudo bem eu amo quase todas do Chico. E o Chico. Todo.) Kkkkkkkkkkkkkkk!
“Quero ficar no teu corpo feito tatuagem,
que é pra te dar coragem,
pra seguir viagem,
quando a noite vem.”
É, nada tem nada a ver com nada, mas eu tava escrevendo e pensei na música. Simples assim.
Deveria ter lembrado daquela:
“Vai trabalhar(estudar), vagabundo.
Vai trabalhar(estudar), criatura.”
A verdade é: eu não vou fazer tatuagem coisa nenhuma.
Isso tudo é um plano sórdido da minha mente perversa e preguiçosa pra me manter afastada dos estudos.
Eu sei.
Mas algumas vezes eu não consigo resistir. A mim mesma.
Vocês conseguem?

terça-feira, 9 de março de 2010

Reencontro e despedida.


Outro dia eu reencontrei um velho amigo. Lembramos o passado, atualizamos o presente. Rimos como se nem um só dia tivesse passado desde o nosso último encontro. Nos divertimos como antes.
Nossas mãos se tocavam como se a gente quisesse ter certeza de que estávamos mesmo ali. Juntos de novo.
Lembro que muitas vezes nossos olhos se perderam uns nos do outro e do quanto foi dito naqueles momentos.
Quando nos despedimos prometemos nos reencontrar sempre.

A verdade é que ele não era só um amigo. Ele foi o meu primeiro amor. E o meu primeiro namorado.
Foi com ele que eu aprendi a gostar do Queen. Ele dançava comigo de rostinho colado ao som de "Love of my life".
Aprendi a dançar.
Com ele aprendi a jogar vôlei.
Aprendi a andar de moto.
Aprendi a beijar.
Aprendi a ser amada!

Ele era lindo.
Tinha sempre um sorriso no rosto.
Ele falava sorrindo. E me chamava de "honey".
A vida era perfeita.
Naquele tempo eu fazia aulas de balé e usava fitas pra segurar os meus cabelos. Um dia ele pegou uma dessas fitas (a minha preferida, em três tons de azul) e não me devolveu. Eu fiquei muito brava.
Então o irmão dele me contou que ele dormia todas as noites com a minha fita no travesseiro. Eu nunca pedi a fita de volta.
Mas do que eu mais me lembro foi do primeiro encontro que nós marcamos, na esquina da minha casa, num sábado de manhã bem cedo.
Ele ia me chamar pra namorar e eu sabia.
Eu não consegui dormir a noite toda, ansiosa pelo dia. E inevitavelmente o dia chegou.
Eu lembro dele, debaixo da minha janela, corajoso, esperando por mim. Eu o espiei pela cortina.
Eu lembro como se fosse hoje a expressão resoluta do rosto dele.
Eu não fui naquele encontro. Eu queria, mas não fui. Eu era covarde.
Mas ele gostava mesmo de mim e não desistiu. Então nós começamos a namorar... e nunca terminamos.
Ele foi estudar em outro estado e eu fiquei aqui.
E a vida seguiu.

Só no dia do nosso reencontro eu percebi quantas saudades eu tinha sentido dele. E eu sei que ele também sentiu muitas saudades minhas.
Eu ainda estava apaixonada por ele.
Eu sempre fui, eu sou e eu sempre serei apaixonada por ele.
Quando ele foi embora, meus olhos o seguiram vorazes por todo o caminho até ele desaparecer de vista. Como se eles soubessem de alguma coisa que eu não sabia.

No domingo seguinte, eu recebi o telefonema.
Ele tinha sofrido um acidente na noite anterior.
Ele morreu no acidente.
Exatamente um semana depois do nosso reencontro.
Só muito mais tarde eu percebi que, na verdade, a vida não tinha nos dado um reencontro, mas uma despedida.
Naquele dia, o tempo todo, nós estivemos nos despedindo um do outro.
Matando as saudades que sentimos e no meu caso as que ainda iria sentir.
Uma última vez a nossas vidas se cruzaram.
Foi um presente!

Eu não fui ao enterro.
Eu quis me lembrar dele vivo. Eu fui covarde.
Mas eu sei que ele estava lá.
Esperando, como naquele dia debaixo da minha janela, tantos anos atrás.
Corajoso como antes.
Jovem e lindo.
Para sempre.