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quinta-feira, 27 de maio de 2010

Raízes e Asas


Uma pergunta atormenta minha mente.
É possível ter raízes e asas ao mesmo tempo?
Ouvi essa frase em um filme. Daqueles com o final super previsível. Feliz, claro, que é como eu gosto.
No filme o mocinho diz pra mocinha - num inglês carregado de sotaque, daqueles que só de ouvir, faz a gente ficar com vontade de colocar botas e chapéu de cowboy e ir dançar ao som de Alan Jackson, Garth Brooks e Shania Twain -, que, sim, é possível.
E agora eu não paro de me perguntar se é.
Eu, é fato, carrego o desassossego dentro da bolsa. E levo comigo pra onde eu vou.
E como boa sagitariana, preciso de liberdade como de ar pra respirar.
E sempre pensei que se eu tivesse um par de asas, eu simplesmente voaria pra longe.
“I'm like a bird, I'll only fly away. I don't know where my soul is, I don't know where my home is."
Adoro essa música.
E a verdade é que eu não sei.
Mesmo.
Acho que taí a razão do meu desassossego.
Sou um ser livre. Nasci assim. Pra ser assim.
Meu espírito está atrás dos meus sonhos. E os meus sonhos nada têm a ver com o que eu vivo agora.
Têm planos maiores.
Talvez por isso não consigo me prender a nada, nem a ninguém.
Não que eu não queira.
Só não consigo.
Pelo menos não por muito tempo.
Eu desisto fácil.
Me canso a toa.
De quase tudo.
É que quando eu gosto de alguma coisa eu vivo essa coisa tão voraz e intensamente que inevitavelmente ela se esgota.
Não é sensato viver assim, eu sei.
Mas eu desisti de ser sensata há muito tempo.
Na verdade eu nem sei se alguma vez eu tentei ser.
Tem só uma coisa que eu quero da vida.
Viver tudo que há pra viver.
Pra quando olhar pra trás poder dizer que valeu a pena.
Mas pra isso, eu acho que preciso de asas. E raízes.
Eu quero voar e eu quero manter os meus pés no chão.
Sem me preocupar em me perder. De ninguém, nem de mim mesma.
Então fica a pergunta.
É possível?

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